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4 ótimos vinhos que custam menos de R$ 65,00 na loja virtual da Miolo.


Ainda existem poucas vinícolas de alto nível no Brasil, além disso, temos também algumas que estão se desenvolvendo muito bem, mas a grande maioria continua estagnada, com aquela visão curta que já conhecemos!

Das poucas boas, sempre deixei claro que sou fã da Miolo. Em meio a todas essas vinícola brasileiras com gestão ainda primária, a Miolo mostra-se estruturada e como um modelo de negócio moderno, por isso ela vem crescendo muito e seus vinhos evoluindo dia a dia.

Analisando a loja virtual da vinícola (loja.miolo.com.br), encontrei vários rótulos que já degustei e gostei, mas selecionei 4 tradicionais vinhos bons e baratos (poderiam ser um pouquinho mais baratos) que não me canso de indicar, são eles;

1) Miolo Cuvée Giuseppe Merlot/Cabernet DO 2012
2) Quinta do Seival Castas Portuguesas 2011
3) RAR Cabernet Sauvignon/Merlot 2011
4) Quinta do Seival Cabernet Sauvignon 2012

Nenhum desses vinhos são leves, são encorpados e irão requerer pratos específicos para acompanhar, no blog você encontrará o comentário individual de cada um deles com suas respectivas dicas de harmonização. Não inclui nessa lista os espumantes, que também são muito bons!

Angheben, alta qualidade e produção minúscula.

O talentoso Angheben vem produzindo alguns dos melhores e mais originais vinhos do Brasil, todos de muita qualidade e tipicidade. Fazendo parte de um grupo de pequenos produtores artesanais, de alta qualidade e minúscula produção, Angheben busca extrair aquilo que existe de mais típico no terroir de sua região, na vila de Encruzilhada do Sul, localizada na Serra do Sudeste, Rio Grande do Sul. A crítica especializada brasileira tem destacado seus tintos e seu espumante entre os melhores exemplares do que o Brasil pode produzir em termos de alta qualidade. A Vinci (www.vinci.com.br) está com bons preços mos vinhos abaixo, confira!

 
Vinci

Três ótimas opções de vinhos brasileiros.

Boscato Reserva Cabernet Sauvignon 2005.




É um vinho de coloração rubi intenso e brilhante. Aroma de frutas negras maduras, amora, ameixa e notas de especiarias. Equilibrado, corpo médio, harmônico, com taninos bem evoluídos e boa persistência gustativa. Harmoniza bem com carnes vermelhas assadas ou grelhadas. Massas com molhos condimentados e massas recheadas. Recomendo deixar esse vinho respirar em um decanter por 30 minutos antes de servir. Seu preço é R$ 38,00.

Don Laurindo Cabernet Sauvignon 2007.



Vinho de cor púrpura intensa. Seu aroma é frutado, destacando frutas vermelhas, morango e um toque de chocolate. A fruta está integrada a madeira dando complexidade ao vinho, corpo médio, taninos redondos com um bom final. Além das carnes vermelhas esse vinho harmoniza bem com bacalhau. Seu preço é R$ 36,00.

Dom Cândido Marselan 4ª Geração 2007.



Vinho elaborado da variedade Marselan, uva criada do cruzamento entre Cabernet Sauvignon e Granache Preto. Apresenta coloração púrpura muito intensa. Seus aromas de frutas vermelhas e toques florais. Bem estruturado, tem corpo médio, seus taninos estão domados e possui um final persistente. Acompanha bem pratos elaborados com carnes assada e bem temperada, harmoniza também com massas com recheio ou com molho fortes. Seu preço é R$ 54,00.

Antonio Dias Cabernet Sauvignon 2008.

Em 2004, depois de muita pesquisa de solo e clima, decidiu-se pela implantação de cinco hectares de uvas finas. A Região do Alto Uruguai é considerada uma região no mínimo diferente para o cultivo de videiras. Três Palmeiras, se caracteriza por um relevo de coxilhas, solos bem drenados, pedregosos e de média fertilidade. Devido a proximidade do Rio Uruguai, o ciclo da videira inicia-se alguns dias antes do que nas regiões vitivinícolas tradicionais do Sul do Brasil, conseqüentemente a colheita se dá também algumas semanas antes. Devido a essa precocidade na produção das uvas, as mesmas fogem da época das chuvas dessa região, que ocorrem, normalmente, a partir do mês de abril.

Em 2007, com arquitetura voltada à produção de vinhos de boutique, com quatro pavimentos sobrepostos, utilizando a gravidade como aliada no processo de elaboração, a Antonio Dias é construída em pedras de basalto, que mantém uma temperatura amena e constante no ambiente. Todo o sistema produtivo encaixa-se no sistema de produção de vinhos de boutique, ou seja, o processo de recebimento de uvas, seleção de grãos, fermentação, afinamento, barris de carvalho e caves, tudo em seqüência, além é claro de modernos equipamentos de vinificação, barris de carvalho francês e os melhores vinhedos da propriedade, que circundam a vinícola.

A Antonio Dias nasceu da paixão pelo bom vinho, pelo conceito de qualidade, onde os vinhedos são a base de todo o processo, todos em sistema de condução espaldeira simples, com produção limitada de 1,30 garrafas de 750 ml por planta.

Para mim o melhor vinho da vinícola é o Cabernet Sauvignon. Envelhecido em caves subterrâneas por 10 meses em barris de carvalho francês. Um vinho para guarda, capaz de suportar vários anos de envelhecimento. De cor vermelho rubi intenso. Aromas de frutas vermelhas maduras, chocolate e café torrado. Na boca é equilibrado, boa acidez com taninos presentes, mas macios e final persistentes. Recomendo deixá-lo respirar por 20 minutos antes de servir. Conheci esse vinho na Expovinis, gostei bastante do produto, seu preço está em torno de R$ 48,00, porém será muito difícil encontrá-lo aqui em São Paulo.

Gran Legado Merlot/Cabernet Sauvignon 2005.

A Wine park produtora dos vinhos e espumantes Gran Legado, situa-se na região do Vale dos Vinhedos no município de Garibaldi, RS, na antiga e famosa Maison Forestier. Com mais de duas décadas de tradição na produção de vinhos finos, a Gran Legado homenageia a epopéia da imigração italiana, que em 1875 se estabeleceu na serra gaúcha. Contando com vinhedos próprios, produção controlada e de excelência, assegura a qualidade da matéria-prima, o que garante a elaboração de vinhos e espumantes diferenciados e com atributos superiores.

Da Safras 2005 que degustei na Expovinis, para mim o melhor vinho é o tinto elaborado com o corte de Merlot (55%) e Cabernet Sauvignon (45%). Sua maturação e conservação se dão apenas em tanques de aço-inox, sem contato com madeira. Apresenta coloração vermelho rubi. Aroma de intensidade média de frutas vermelhas e discretas notas vegetais. No paladar apresenta uma boa acidez e taninos bem macios, final de média persistência. É um vinho leve e bastante simples, mas é importante ressaltar que seu preço é de R$ 18,00, levando isso em consideração, o Gran Legado passa ter uma ótima relação de custo/benefício.

Vinícola Aurora conquista quatro prêmios na Inglaterra.


A Vinícola Aurora, maior e mais premiada do país, acaba de conquistar mais quatro premiações em concurso internacional. No International Wine Challenge 2011, realizado no início de maio, em Londres, os espumantes Aurora Brut Chardonnay e Aurora Brut 100% Pinot Noir receberam, respectivamente, medalhas de prata e de bronze nesse concurso, que avaliou 12 mil amostras de 48 países, número recorde de participações em sua história. Além das medalhas, a Aurora recebeu duas menções honrosas pela qualidade de seus produtos Espumante Aurora Moscatel e o medalhado Aurora Brut Chardonnay que são os mais premiados da Aurora e estão entre os mais premiados brasileiros em concursos internacionais.

Os três melhores "custo-benefício" da Miolo.


Num curto espaço de tempo, a Miolo cresceu e consolidou-se no mercado brasileiro de vinhos finos. Embora a família trabalhe na viticultura desde 1897, partiu para a produção comercial de vinhos somente em 1990. O primeiro vinho da marca Miolo foi um merlot produzido com as uvas do Vale dos Vinhedos, sede da empresa. Em 20 anos, a empresa tornou-se líder no mercado de vinhos nacionais. O grupo já possui seis projetos em cinco regiões vitivinícolas brasileiras: Vinícola Miolo (Vale dos Vinhedos, RS), Seival Estate (Campanha, RS), Vinícola Almadén (Campanha, RS), RAR (Campos de Cima da Serra, RS), Lovara Vinhas e Vinhos (Serra Gaúcha, RS) e Vinícola Ouro Verde (Vale do São Francisco, BA).

Entre as várias opções de rótulos que a vinícola dispõem, destaco 3 que me agradam muito; o RAR, o Quinta do Seival Castas Portuguesas e o Cuvée Giuseppe. Para mim os três melhores “custo-benefício” da Miolo. O RAR (R$ 50,00) possui um corte das uvas Cabernet Sauvignon e Merlot, cultivadas nos vinhedos localizados na região de Campos de Cima da Serra, esse vinho é envelhecido em barricas novas de carvalho americano por um período de 10 meses. O Quinta do Seival (R$ 45,00) com um corte das castas Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz, provenientes dos vinhedos da região da Campanha no município de Candiota, esse vinho de castas típicas portuguesas estagiam por 12 meses em barricas novas de carvalho francês. O Cuvée Giuseppe (R$ 38,50) também com um corte de Cabernet Sauvignon e Merlot, cultivadas na região do Vale dos Vinhedos, o vinho amadurece em barricas de carvalho francês por 12 meses.

Sozo Pinot Noir 2010.

Continuando com os meus destaques da Expovinis. Gostei muito de conhecer vinícolas menos conhecidas, e a Sozo Vinhos me agradou muito. Seus vinhedos estão localizados nos Campos de Cima da Serra em Monte Alegre dos Campos (RS), a uma altitude de 1000m. A amplitude térmica nessa região no verão e outono, época da maturação das uvas, acaba determinando noites frias e dias ensolarados, o que resulta em uma ótima qualidade das frutas. As colheitas tardias em relação às regiões tradicionais, determinam uma boa concentração de açúcar e manutenção dos taninos, permitindo assim elaborar vinhos encorpados e harmônicos ao paladar.

Degustei um Pinot Noir Reserva da safra 2010, que estagiou por 6 meses em barricas novas de carvalho francês. Sua cor é um rubi tradicional do Pinot, brilhante. Possui um suave aroma frutado, lembrando cereja, destaco também um discreto toque floral. Vinho leve, com acidez proeminente, taninos presentes, mas redondos, em taça evoluiu bastante e ajudou também no equilíbrio. Por esse motivo recomendo deixá-lo respirando uns 20 minutos antes de servir.

Como todas as vinícolas pequenas do sul, a Sozo também tem problemas de distribuição, procurei via internet e achei esse Pinot Noir Reserva em poucos site, no Vinhos & Vinhos, a safra 2009, está saindo por R$ 38,00, um bom preço para um vinho bem interessante, principalmente para mim que era uma novidade. Esse vinho harmoniza bem com uma massa com molho vermelho ou bolonhesa.

QSM Blend da Quinta Santa Maria.

Como já falei aqui, fiquei muito bem impressionado com as surpresas que tive no stand da Acavitis. Hoje quero falar sobre a Quinta Santa Maria, localizada em São Joaquim, na região serrana de Santa Catarina. Os vinhedos da Quinta Santa Maria são compostos por uvas francesas (Cabernet Sauvignon, Sauvignon Blanc, Merlot, Pinot Noir, Shiraz e Chardonnay), portuguesas (Touriga Franca, Touriga Nacional e Tinta Roriz) e italianas (Moscatel e Trebbiano).

A Vinícola possui duas linhas que achei bastante interessantes, uma Premium, compostas pelos rótulos da série “Utopia”, que são muito bons, porém os preços estão acima da proposta do blog, isto é, custam mais que R$ 60,00. A outra linha, que eles mesmo denominam de vinho para o dia a dia, destaco o QSM Blend, esse sim com preço bem acessível, R$ 25,00.

O QSM Blend é um corte pouco comum de Cabernet Sauvignon, Merlot, Touriga Nacional e Tinta Roriz. Possui cor rubi com reflexos violáceos. Aroma bem frutado, típico de um vinho jovem, destacando frutas como amoras e cerejas. Em boca, apresenta um ataque leve, com presença de uma acidez expressiva e taninos redondos e macios, possui um bom final.

Em resumo trata-se de um tinto simples, jovem, mas muito agradável, uma boa alternativa para quem prefere vinhos tintos aos brancos mesmo em dias quentes. Ele harmoniza perfeitamente com saladas ou pratos leves, à base de carnes brancas e de massas com molhos vermelhos. Outro destaque é seu belo rótulo que dá um charme especial a garrafa. Algo que precisamos destacar, é que as vinícolas da Acavitis estão “mandando” muito bem no marketing de seus produtos, apresentando um capricho especial nos detalhes e sabemos que isso faz uma “baita” diferença!

Vinícola Góes inova sua linha com frisante nas versões demi-sec, suave e rose.

"APAS 2011, Transformando o desafio de inovar sempre em oportunidade de evoluir constantemente". É envolvido nesse slogan que a Vinícola Góes apresenta o Donnatella, um frisante que chega para conquistar diversos paladares. A feira ocorre de 09 a 12 de maio, das 14h às 22h, no Expo Center Norte.

Quem prestigiar o evento poderá degustar as três versões do Donnatella: demi-sec, suave e rose. O grande destaque desse rótulo são as uvas varietais utilizadas na composição, como a Prosecco e a Cabernet Franc.

Os frisantes acompanham bem massas com molho branco, frutos do mar, canapés e sobremesas. Têm ótima relação entre açúcar e acidez. É a opção ideal para happy hours, encontro com os amigos e familiares. Devem ser consumidos entre 6° e 8°C.

"O Donnatella veio para posicionar ainda mais a marca da Góes no varejo, pois além da excelência na degustação, o produto apresenta um belo rótulo e preço acessível, na faixa dos R$ 15,00", conta Claudio Góes, diretor da empresa.

Além Mar 2008 da Villaggio Grando.

Outro evento muito legal que participei durante a Expovinis 2011 foi o lançamento do novo vinho da Villaggio Grando, chamado Além Mar, safra 2008. Esse vinho foi elaborado no tradicional estilo português pelo renomado enólogo Antonio Saramago e pelo famoso sommelier José Santanita, porém, o mais interessante, com um corte de uvas francesas, Cabernet Franc, Malbec e Merlot. Segundo Saramago, que estava presente na degustação, ele sonha em breve adicionar ao corte desse vinho uma casta portuguesa, pois, ele acredita no potencial da região no desenvolvimento de uvas como a Touriga Nacional.

O Além Mar possui cor rubi com reflexos violáceos. Seu aroma é intenso de frutas negras, com toques de ervas, especiarias e um leve floral. Vinho encorpado com boa acidez, taninos finos e macios, bem equilibrado e um final generoso. Muito bom vinho! Segundo Saramago o vinho passando por carvalho francês por 8 meses, sendo 70% barris novos e o restante de 2º uso.

Esse vinho pode descansar tranquilamente na garrafa por alguns anos, o que certamente fará muito bem a ele, mas também pode ser degustado já, nesse caso, aconselho o uso do decanter para deixá-lo respirar por uns 30 minutos. Informaram-me que seu preço estará em torno de R$ 60,00, que não é caro para um vinho muito bom como esse!

Innominabile Lote III da Villaggio Grando.

Para mim um dos grandes destaques da Expovinis 2011 foi o stand da Acavitis, que reuniu vários produtores catarinenses. Pretendo comentar aqui sobre vários deles que me agradaram muito. Vou começar pelo Villaggio Grando que iniciou sua história nos anos 90, quando Maurício Carlos Grando junto com um amigo francês visitou a região de Herciliópolis no município de Água Doce, onde hoje se localiza a vinícola. Um ano após este fato Maurício se juntou ao enólogo Jean Pierre Rosier, dando início aos trabalhos de pesquisas e adaptações de várias castas que hoje são utilizadas na produção de vários vinhos muito interessantes.
Dentre os que degustei, destaco o Innominabile Lote III, esse vinho é o resultado da junção das guardas de lotes anteriores, separados para evolução, das safras 2004, 2005, 2006 e 2007, cortado com as uvas Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Malbec, Pinot Noir e Petiti Verdot. Estagiou por seis meses em carvalho francês de tostagem média, oriundos de três bosques distintos.

Sua cor é um rubi intenso e brilhante com reflexos violáceos. Possui aroma intenso de frutas vermelhas com notas de especiarias, está presente também a baunilha proveniente do estágio em carvalho. Em boca apresenta um grande equilíbrio, boa acidez, seus taninos são macios e bem estruturados, possui boa persistência e um final longo.

Gostei muito desse elegante vinho, alias fiquei muito surpreso com a qualidade dos vinhos que degustei da Villaggio Grando, além do Innominabile, provei também o ótimo Além Mar que comentarei a seguir. Por enquanto não é nada fácil encontrá-lo nas lojas, aqui está algo que a vinícola precisa melhorar com urgência, sua distribuição. Seu preço gira em torno de R$ 54,00 em alguns sites que encontrei na internet.

Aurora Reserva Tannat 2009.

A Vinícola Aurora lançou no “Espaço Vinhos do Brasil”, na Expovinis 2011, seu terceiro vinho da linha Reserva, o Aurora Reserva Tannat 2009. Elaborado 100% com a variedade Tannat de vinhedos selecionados, o vinho foi concebido pelo método tradicional, com fermentação prolongada e amadureceu por dez meses em barris de carvalho americano e francês.

Apresenta uma grande quantidade de tanino, com aroma de frutas negras, lembrando ameixas, com toques de tabaco. Na boca é intenso e volumoso, excelente acompanhamento para pratos com carne vermelha (como picanha grelhada e costela) e queijos de sabor acentuado.

Além do lançamento desse vinho, a Aurora mostrou também na Expovinis alguns de seus rótulos premiados em concursos internacionais, como os espumantes Aurora Brut Chardonnay, Aurora Moscatel e Aurora Prosecco, além dos demais vinhos de sua linha reserva (Chardonnay e Cabernet Sauvignon), os especiais Pequenas Partilhas Cabernet Franc, Pequenas Partilhas Carmenère e Aurora Millésime 2008.

Espumantes Aurora e Marcus James conquistam 4 medalhas na França.

A Vinícola Aurora acaba de conquistar mais 4 medalhas - uma de ouro e três de prata - em dois dos mais importantes concursos internacionais de vinhos do mundo: o Vinalies e o Chardonnay du Monde, ambos realizados na França, a terra dos Champagnes.

No Vinalies, o Aurora Moscatel Rosé ficou com a de ouro e o Marcus James Brut, com uma de prata. O concurso este ano contou com 3 mil amostras de vinhos de vários países, avaliados por um júri formado por 100 degustadores internacionais. O concurso é informatizado desde o ano passado e propõe discussão entre os degustadores sobre cada amostra contemplada com medalha, para que haja um consenso. Além disso, os vinhos mais pontuados de cada edição entram no livro "Os 1000 Vinhos do Ano", publicado após o concurso.

No Concurso Chardonnay du Monde, que avalia vinhos tranquilos e espumantes de todo o mundo elaborados com a uva Chardonnay, a Aurora obteve duas medalhas de prata, com os seus espumantes Aurora Brut Chardonnay (um dos mais premiados do Brasil no exterior) e também o Marcus James Brut, que se revela como uma das melhores relações qualidade-preço do mercado brasileiro. O Chardonnay du Monde este ano analisou 914 amostras de 38 países, avaliadas por 300 jurados.

Paralelo 8 Brut Rosé da Dão Sul.

Criada em 2005, a sociedade ViniBrasil, união entre a portuguesa Dão Sul (www.daosul.com) e a importadora Expand, de São Paulo, não existe mais. Hoje, é a gigante lusa de vinhos que comanda os investimentos dessa vinícola, seja em recursos humanos, seja em tecnologia e pesquisas para a introdução de novas cepas naquele terroir, situado no município pernambucano de Lagoa Grande, a 60 quilômetros de Petrolina.

Em uma área com potencial de plantio de 2.000 hectares, a vinícola tem hoje 200 deles cultivados com as cepas francesas Cabernet Sauvignon, Syrah, Tannat e Malbec; as castas lusas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinto Cão e Vinhão; além de uma outra área, de 200 hectares, já preparada para ser plantada. “Trabalhamos, aqui, com o tripé terroir, material biológico e mão-de-obra e temos total controle sobre todas as etapas da produção”, afirma João Santos, agrônomo-chefe que comanda a vinícola, cujo vinho top é o Paralelo 8, um tinto equilibrado, perpetrado com cortes de Cabernet Sauvignon, Syrah e Alicante Bouschet (vinhas antigas) e Touriga Nacional e Aragonez (vinhas da nova geração, de 2,5 a 3 anos), 13,5% de álcool, com notas de frutas maduras.

Outros destaques, que vale conferir: Rio Sol Reserva (50% Cabernet Sauvignon, 50% Syrah); o espumante Rio Sol Brut (método charmat, com as uvas Syrah , Moscato e Canelli) e o espumante Rosé (100% Syrah).

É desse último espumante que vamos falar um pouquinho, de cor salmão, com perlage fino e persistente. Rico em sensações aromáticas apresenta belas notas de flores vermelhas combinadas com toques vegetais, de frutas tropicais e cítricas. Em boca é harmônico, com marcante presença cítrica, de frutas secas e vegetais. Leve, agradável e fácil de beber. Seu preço é bom, R$ 28,50 na Expand, vale para conhecer o “caráter” único de um vinho feito em pleno nordeste brasileiro.

Miolo Merlot Terroir 2008.

O Merlot Terroir é elaborado pela Miolo com a variedade tinta emblemática do Vale dos Vinhedos através de uma combinação ideal de solo, clima, casta e influência do homem. Bento Gonçalves é o local que oferece as melhores condições para obter um Merlot de excelente qualidade. O resultado pode ser constatado neste vinho, elaborado com as melhores parcelas dos vinhedos da família. Permanece 1 ano maturando em carvalho Francês e mais 1 ano envelhecendo em garrafa antes da comercialização. Pertence a uma reserva limitada, por safra são elaboradas apenas 18.000 garrafas, todas numeradas.

Sua cor é rubi brilhante com reflexos violáceos. Aroma intenso de frutas vermelhas, a madeira está presente no aroma, mas perfeitamente integrada no conjunto. Corpo médio, bem estruturado, taninos elegantes e aveludados, demonstrando uma ótima maturação da uva.

O Miolo Merlot Terroir, acompanha com perfeição carnes vermelhas e massas com molhos vermelhos, também harmoniza bem com queijos de sabores marcantes como o gorgonzola e o grana. Vinho muito gostoso, redondo, agrada com facilidade, mas seu preço que é R$ 67,00 é caro demais, da mesma forma que o Merlot da Salton, esse Miolo precisa urgente realinhar seus preços para a realidade brasileira.

Salton Desejo Merlot 2006.

Originária de Bordeaux, a Merlot dá vinhos muito macios e cheios de fruta, que podem ser bastante exuberantes e ricos. Eles têm uma textura sedosa e podem ser densos e encorpados, ou então saborosos e fáceis de beber, dependendo do estilo. Seu aroma costuma ser apimentado, com toques de frutas vermelhas e pretas, chocolate e especiarias. Além de Bordeaux, há ótimos Merlots na Toscana e no Norte da Itália, no Chile, na Nova Zelândia, na Califórnia, na África do Sul e hoje é o grande destaque do vinho brasileiro.

Elaborado com 100% uvas Merlot originárias da Serra Gaúcha, colhidas e selecionadas manualmente, o Salton Desejo passa por maceração a baixa temperatura e é fermentado durante 15 dias. 50% do vinho permanece durante 12 meses em barricas novas de carvalho francês meio tostado e os outros 50% do vinho estagia em barricas novas de carvalho norte-americano. Após o engarrafamento, o vinho permanece nas caves por mais 12 meses.

O resultado foi um ótimo vinho, de coloração violácea intensa. Aromas complexos de frutas negras, amoras e ameixas, pimenta e notas de baunilha proveniente do carvalho. Vinho encorpado, boa acidez, taninos perfeitos e final prolongado. Seu preço é R$ 66,00, isso continua sendo o maior problema dos vinhos brasileiros, são caros demais, em minha opinião esse Salton não deveria custar mais que R$ 50,00, é por isso que os importados continuam imperando na mesa dos brasileiros!

Saton traz novidades em comemoração aos 100 anos.

Fonte: UOL

A Salton irá lançar dois produtos e uma promoção para comemorar o seu centésimo aniversário. No centenário da marca ela traz um novo vinho tinto e um espumante, que serão da linha premium Salton 100 Anos, ambos desenvolvidos especialmente para o centenário.

Também para festejar a vinícola apresenta o site especial "Salton 100 anos, Um brinde à vida" (www.salton.com.br/100anos/promocao). Dentro da página comemorativa do aniversário, o visitante poderá participar de uma promoção que dará ao ganhador uma adega climatizada já preenchida com 21 produtos da marca, entre espumantes, vinhos brancos, tintos, frisantes e suco de uva. Os interessados em participar devem acessar o site e se inscrever no concurso até 15 de agosto. A divulgação do vencedor acontecerá no dia 25 do mesmo mês.

Dal Pizzol Pinot Noir 2010 na Vitrine do Vinho.

A colheita das uvas foi realizada nos primeiros dias do mês de fevereiro de 2005. Após refrigeradas as uvas foram prensadas. Devido à baixa temperatura, o trabalho de fermentação iniciou-se lentamente, mantendo-se estável entre 25 °C a 28 °C durante 12 dias. Nesse período, em que o mosto esteve em maceração com o bagaço ocorreram remontagens periódicas até ser descubado. O vinho resultante apresenta estrutura com maior intensidade de aroma, cor e corpo.

Vinho de coloração vermelha rubi com tons violáceos, aroma de frutas vermelhas: como groselhas, amoras pretas e vermelhas e cerejas maduras, características típicas do varietal. Na boca apresenta-se elegante; taninos aveludados, final longo ao sabor de frutos vermelhos, harmonia entre corpo e estrutura, bom equilíbrio entre álcool, acidez e taninos;com uma bem vinda adstringência que lhe dá frescura e persistência próprias de sua juventude.

Acompanha muito bem com massas com molhos diversos, pescados, assados, filés, defumados, carneiro, strogonoff, frango ao molho e queijos Camembert, Chedar, Colonial e Gorgonzola. Esse vinho está sendo vendido por R$ 29,90 na Vitrine do Vinho www.vitrinedovinho.com.br.

Merlot, a uva do Brasil.

Sempre lembramos o filme Sideways, Oscar de roteiro adaptado, que teve um duplo resultado no universo do vinho: transformou a uva francesa Pinot Noir em mito e arranhou a imagem da Merlot. E o que o Brasil tem a ver com isso? A Merlot, injustiçada na tela, é forte candidata a ocupar o título de “a uva do Brasil”, ao menos na Serra Gaúcha, região que produz 90% dos nossos vinhos finos. Os vinhos à base da Merlot são mais frutados, com taninos agradáveis. “Não tenho dúvidas que a Merlot se adapta muito bem ao Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul”, afirmou a Época Negócios o enólogo francês Michel Rolland. Exemplos não faltam no mundo vinícola de qual é a melhor uva para cada região produtora. A Pinot Noir é a cepa da Borgonha; os Barolos são feitos apenas com a italiana Nebbiolo; a Argentina tem a Malbec. Cabe uma indagação: por que a Merlot, entre as mais de 500 variedades disponíveis, ganhou destaque no solo brasileiro?

Na verdade, ela está sendo redescoberta. A variedade é plantada no Brasil há 60 anos. O vinho que lançou a Vinícola Miolo foi um Merlot, de 1990. A Pizzato também ganhou fama com o seu Merlot. Na última década, porém, as vinícolas correram atrás da fama da Cabernet Sauvignon. Mas o caprichoso terroir brasileiro não permitiu muitos bons vinhos com esta cepa. Voltaram à Merlot que, com novos clones plantados nos últimos anos, mostrou sua força. Prove o Desejo, da Salton, e o Miolo Terroir. São bons exemplos da qualidade da Merlot no Brasil.

Por: Suzana Barelli - Época Negócios