Em 2004, depois de muita pesquisa de solo e clima, decidiu-se pela implantação de cinco hectares de uvas finas. A Região do Alto Uruguai é considerada uma região no mínimo diferente para o cultivo de videiras. Três Palmeiras, se caracteriza por um relevo de coxilhas, solos bem drenados, pedregosos e de média fertilidade. Devido a proximidade do Rio Uruguai, o ciclo da videira inicia-se alguns dias antes do que nas regiões vitivinícolas tradicionais do Sul do Brasil, conseqüentemente a colheita se dá também algumas semanas antes. Devido a essa precocidade na produção das uvas, as mesmas fogem da época das chuvas dessa região, que ocorrem, normalmente, a partir do mês de abril.
Em 2007, com arquitetura voltada à produção de vinhos de boutique, com quatro pavimentos sobrepostos, utilizando a gravidade como aliada no processo de elaboração, a Antonio Dias é construída em pedras de basalto, que mantém uma temperatura amena e constante no ambiente. Todo o sistema produtivo encaixa-se no sistema de produção de vinhos de boutique, ou seja, o processo de recebimento de uvas, seleção de grãos, fermentação, afinamento, barris de carvalho e caves, tudo em seqüência, além é claro de modernos equipamentos de vinificação, barris de carvalho francês e os melhores vinhedos da propriedade, que circundam a vinícola.
A Antonio Dias nasceu da paixão pelo bom vinho, pelo conceito de qualidade, onde os vinhedos são a base de todo o processo, todos em sistema de condução espaldeira simples, com produção limitada de 1,30 garrafas de 750 ml por planta.
Para mim o melhor vinho da vinícola é o Cabernet Sauvignon. Envelhecido em caves subterrâneas por 10 meses em barris de carvalho francês. Um vinho para guarda, capaz de suportar vários anos de envelhecimento. De cor vermelho rubi intenso. Aromas de frutas vermelhas maduras, chocolate e café torrado. Na boca é equilibrado, boa acidez com taninos presentes, mas macios e final persistentes. Recomendo deixá-lo respirar por 20 minutos antes de servir. Conheci esse vinho na Expovinis, gostei bastante do produto, seu preço está em torno de R$ 48,00, porém será muito difícil encontrá-lo aqui em São Paulo.
Silas, provei esse vinho essa semana e não estava tão bom quanto você falou aqui, mas como falamos no dia, pode ser realmente uma variação de garrafa. Me falaram que o Tannat deles é muito bom. Preciso provar. Conhece? O que acha?
ResponderExcluirAbs
Daniel
Daniel, como vai?
ResponderExcluirMe desculpe a demora em publicar seu comentário, mas ando enfrentando alguns problemas com o administrador Blogger (Google), em várias situações trava meu formulário de respostas.
Eu não provei o Tannat, mas de fato gostei do Cabernet. Nem preciso falar que temos que levar em consideração que é um vinho que custa menos de 50 pilas, mas também pode ser como vc disse sobre a diferença de uma garrafa para outra.
Como vc me deixou na dúvida, vou provar outra garrafa...rs
Grande abraço,
Silas
Vinho mediano, mas por se tratar de Brasil, vale a experiência! Um pouco mais caro do que oferece. O lado bom de beber este vinho fica por conta de sabermos que estamos evoluindo no mundo do vinho, apesar de se perceber claramente que se trata de um vinho nacional logo no primeiro gole.
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