Vários estudos têm mostrado que o consumo moderado de vinho está associado a um menor risco de diabetes tipo 2. Dois novos estudos sugerem que o vinho faz seu papel e que as substâncias químicas nas uvas podem ajudar. Para um dos estudos, a ser publicado no American Journal of Clinical Nutrition, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Wageningen, nos Países Baixos, analisou a questão com base nos dados extraídos do Inquérito Europeu Holandês Relativo a Câncer e Nutrição (EPIC-NL), um estudo mais abrangente da saúde de mais de 520 mil pessoas em 10 países europeus.
Depois de analisar 10 anos de dados, incluindo 796 casos de diabetes tipo 2, os pesquisadores concluíram que a taxa mais baixa da doença entre os bebedores não pode ser só explicada por uma vida saudável. O álcool, de alguma forma, contribuiu diretamente para uma menor incidência da doença - bebedores tiveram um risco aproximadamente 40 por cento menor que o dos abstêmios. Embora o estudo holandês não explique por que as bebidas alcoólicas podem reduzir o risco, outro estudo sugere que pode não ser somente o álcool. Pesquisa da Universidade de Michigan considera que comer uvas parece retardar o desenvolvimento de pressão alta e a resistência à insulina. Ambos são os principais precursores de doenças cardíacas e diabetes tipo 2. Juntos, os dois criam uma condição conhecida como síndrome metabólica, que afeta 50 milhões de americanos.
Nos resultados apresentados na convenção de Biologia Experimental, em Anaheim, Califórnia, a equipe de Michigan descobriu que ratos alimentados com o pó feito a partir de uvas de mesa mostraram níveis mais favoráveis de açúcar na corrente sanguínea e melhor tolerância à glicose. O efeito é provavelmente devido à fitoquímicos, que ocorrem naturalmente nas uvas e vinho e incluem taninos, antocianinas e resveratrol. Os ratos que se alimentaram com as uvas de mesa tiveram menos inflamações arteriais e danos oxidantes.
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