La Rioja é a principal região vinícola da Espanha, situa-se no norte do país e sua produção é predominantemente de vinhos tintos. Seu nome deriva de "rio Ojas", um pequeno afluente do rio Ebro, sendo que a maior parte da região vinícola situa-se na província de La Rioja, com pequenas partes estendendo-se para o país Basco a noroeste, e para Navarra a nordeste. Centrada na capital da província, Logroño, Rioja divide-se em três partes, ao longo do eixo do rio Ebro. A Rioja Alta ocupa a parte do Vale do Ebro a oeste de Logroño, Rioja Alavesa que fica ao norte do rio Ebro, que se estende até à província basca de Alava e a Rioja Baja, que se estende desde os subúrbios de Logroño ao sul e ao leste, incluindo as cidades de Calahorra e Alfaro.
A partir de 1840, quando algumas pragas começaram a atacar os vinhedos da França, a região recebeu vários comerciantes de vinho de Bordeaux. Este fluxo aumentou ainda mais a partir do final da década de 1860, quando a Phylloxera começou a devastar os vinhedos franceses. As leis aduaneiras francesas foram relaxadas e a região da Rioja experimentou um inusitado sucesso de vendas que durou por quatro décadas.
Na primeira metade do século 20 a Espanha sofreu muito com duas grandes guerras mundiais e com a guerra civil, fatos que levou a indústria do vinho na região níveis comerciais muito baixos . A recuperação do mercado só veio a acontecer no final da década de 70, com a construção de novas e modernas vinícolas. A Rioja foi promovida de DO (Denominación de Origen) a DOCa (Denominación de Origen Calificada) em 1991.
A Rioja desfruta de uma invejável posição geográfica entre as diferentes regiões vinícolas da Espanha. Os solos da parte norte da Rioja, onde se cultivam as melhores uvas, tem a argila como componente predominante. Na Rioja Alta e na Rioja Alavesa existem áreas onde o subsolo é rico em calcário, e outras em ferro, em ambos os lados do Rio Ebro.
A região produz vinhos jovens e frutados (Crianza) com corte de várias uvas: Tempranillo, Garnacha, Cariñena e Mazuelo. Os vinhos que serão destinados a passar longos períodos no carvalho, como os Gran Reserva, normalmente têm a tempranillo como uva exclusiva ou majoritária, às vezes associada à Cabernet Sauvignon, que é permitida na região, em pequenas quantidades.
A maioria das vinícolas da Rioja são hoje muito bem equipadas, com modernos tanques de aço inoxidável e controle de temperatura. A principal característica da vinificação na Rioja não está nas técnicas de fermentação e sim na maturação em barricas de carvalho. Algumas bodegas que podemos destacar são: Marquês de Riscal, Marquês de Murieta, La Rioja Alta, López de Heredia e Cune.
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