A história ainda não está confirmada, mas no mundo do vinho há fortes correntes defensoras da tese que indica a origem do vinho na Austrália como sendo brasileira. Contam que as videiras foram levadas pelos mesmos colonizadores portugueses por volta de 1780 e que essa “exportação” luso-brasileira teria começado a fazer o efeito desejado dois séculos mais tarde, quando os australianos passaram a exibir bons vinhos para o planeta. Histórias ou lendas à parte, foi em 1996 que a Austrália estabeleceu metas importantes para a sua vinicultura, como, por exemplo, fazer vinhos de qualidade em grande escala e oferecê-los a preços reduzidos em relação ao que existia na época, especialmente entre os tradicionais italianos e franceses. Junto com os planos audaciosos, o governo foi atrás de tecnologia e mão-de-obra especializadas importadas. Rapidamente, a área cultivada de vinhas subiu para 167 mil hectares, o que já impõe respeito no mercado vinhateiro. E, em 2006, os australianos ergueram um brinde orgulhoso ao baterem a França em volume de exportações para o Reino Unido.
Os australianos ficaram famosos também por algumas medidas inovadoras na produção vinícola. Os “flying winemakers”, como passaram a ser chamados entre seus colegas enólogos e produtores em geral, inventaram a fermentação em baixas temperaturas; o uso de cortes diferentes, como o cabernet com syrah; a mistura de uvas brancas com tintas; e a fermentação simultânea de syrah com a branca viogner, que proporcionam mais perfume e estabilidade ao produto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário