As 10 regiões produtoras da Nova Zelândia.

A Nova Zelândia é a região produtora mais isolada do planeta, um conjunto de ilhas a cerca de 1600 km da já distante Austrália. Embora sua produção não seja muito expressiva, a qualidade alcançada por seus vinhos em um curto espaço de tempo lhe valeu merecido destaque no cenário mundial.

Sua história vitivinícola é bem recente, pelo menos a de boa qualidade, uma vez que a elaboração de vinhos a partir da vitis vinifera em larga escala só se iniciou em 1970. Já nos anos 80, seus Sauvignon Blancs e Chardonnays começaram a ter reconhecimento internacional.

A Nova Zelândia está dividida em 10 regiões produtoras distribuídas pelas 2 ilhas, veja abaixo um breve comentário sobre essas regiões:

Northland - Os primeiros vinhedos do país foram aqui plantados no início do século XIX. Após anos de abandono, o interesse pela vitivinicultura ressurgiu e ultimamente está em expanção. É a região de clima mais quente, portanto mais adequada à Cabernet Sauvignon, Merlot e Chardonnay, as três castas mais plantadas. O solo varia do argiloso ao argilo-arenoso, passando por regiões de sub-solo vulcânico.

Auckland - Henderson, Kumeu e Huapai , situadas a noroeste da cidade de Auckland, são as mais tradicionais sub-regiões desta zona. Cabernet Sauvignon, Merlot Cabernet Franc e Chardonnay são as uvas mais plantadas, embora também se encontre a Sauvignon Blanc e a Semillon. Os vinhos tintos são os de maior reputação.

Waikato/Bay of Plenty - Pequena região ao sul de Auckland que começa a despontar. Chardonnays, Sauvignon Blancs e Cabernet Sauvignons de boa qualidade.

Gisborne - Situada no extremo leste da ilha, é o vinhedo mais oriental do planeta. Vinhedos geralmente plantados em planícies. Solos de calcário-argiloso sobre sub-solo vulcânico ou arenoso. 90% de uvas brancas, sendo metade de Chardonnay. Sem muita expressão em termos de qualidade.

Hawkes Bay - Perto da cidade de Napier, é uma das mais antigas regiões produtoras do país e também uma das mais reputadas, além de ser a 2ª maior. A enorme variedade de solos propicia o plantio de várias cepas. Tem o maior número de horas/sol da Nova Zelândia graças a uma cadeia de montanhas bloqueia as chuvas trazidas pelo vento. A Chardonnay predomina, embora o clima ensolarado atraia cepas tintas como a Pinot Noir e outras de amadurecimento mais tardio, Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Syrah.

Wellington - Ocupa a região mais ao sul da Ilha do Norte.Martinborough Wairarapa são seus distritos mais famosos. A região se notabiliza pelos seus esplêndidos Pinot Noir e Sauvignon Blancs. A produção da região é pequena mas de alta qualidade. O estilo de seus vinhos é muito semelhante aos de Marlborough, ilha do sul.

Nelson - Já na Ilha do Sul. Área de grande beleza natural e pequena produção.Chardonnay, Sauvignon Blanc, Riesling e Pinot Noir ocupam quase a totalidade da área plantada.

Marlborough - Os primeiros vinhedos só foram plantados em 1973 e, no entanto, é hoje a região mais conhecida e reputada do país. Seus Sauvignon Blanc são extraordinários, de grande riqueza e frescor. É também a maior produtora de espumantes, elaborados a partir da Chardonnay e Pinot Noir, com as quais produz também vinhos tranqüilos de altíssima qualidade. Vinhedos plantados em terraços planos às margens de rios. Solos pedregosos (os melhores) e argilosos.

Canterbury - Próxima à cidade de Christchurch, onde se plantaram os primeiros vinhedos nos anos 70. Mais ao sul fica a nova e promissora sub-região de Waipara. Verões longos e secos, com bastante insolação, e invernos rigorosos são a marca da região. Uvas mais plantadas em ordem decrescente: Chardonnay, Pinot Noir, Riesling e Sauvignon Blanc .É a 4ª maior região do país.

Central Otago - Situada abaixo do paralelo 45, é a região produtora de vinho mais austral do mundo. Vinhedos plantados em altitude propiciam boa insolação e grande amplitude térmica. Muito bons vinhos a base de Pinot Noir, Chardonnay, Sauvignon Blanc e Riesling.

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Fonte: Revista Adega e Aguinaldo Záckia Albert

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