Mendonza, nem só de vinho vive o turismo local!

Fonte: Marcelo Bartolomei
Editor de Entretenimento da Folha Online


Se o Deus grego Baco passasse por Mendoza, cidade localizada no oeste da Argentina, ficaria fascinado com a diversidade de vinhos produzidos nas mais de mil bodegas locais, dos mais populares aos mais sofisticados. Mendoza representa 70% do vinhedo argentino e é responsável pela exportação de 20% do que produz.

Nos "Caminhos do Vinho", é possível degustar os mais diferentes tipos e conhecer o processo de suas fabricações, percorrendo parte das bodegas para entender porquê seu sabor é, às vezes, tão apurado. Há também um museu, onde a história da bebida é contada, e almoços e jantares com o melhor do vinho mendocino.

Mas nem só de vinho vive o turismo local. Por estar localizada ao pé da cordilheira dos Andes, Mendoza, cujo clima é seco e o céu quase sempre está ensolarado, é também sede de estações de esqui como Los Penitentes, uma das maiores (a Argentina é sede ainda da estação Las Leñas, a mais famosa), tem uma rica arquitetura, simpáticas praças e aventuras que podem tirar o fôlego dos mais sedentários.

Sua gastronomia, em maior parte baseada na culinária argentina, tem raras exceções nas compotas de frutas e leguminosas de fabricação caseira, parte da tradição mendocina do plantar-colher-produzir e consumir (ou, no caso, vender). A "parrillada" é típico para turistas e, em caso de maior intimidade, não pode se deixar de provar as empanadas mendocinas, que raramente são vendidas nas ruas.

Cidade média, Mendoza tem pouco mais de 1 milhão de habitantes, tem dois cassinos e diversidade de atrações culturais. Não cultiva com o mesmo fervor, no entanto, a boemia de Buenos Aires, distante 1.080 quilômetros. É que em Mendoza os bares têm dia certo para encher de gente, a paquera tem hora marcada e as noites não vão além das 3h.

Talvez por sua riqueza arbórea, pelas praças e pelos parques, além das visitas a locais históricos e a energia necessária para tudo isso, Mendoza não precise de noite mesmo. E com o turismo em crescimento, aliás, um dos planos do governo argentino para tentar driblar a crise- a cidade só ganha em infra-estrutura, lazer e programação cultural.

A viagem é indicada por ser tranquila, prazerosa e "saboreável", além de oferecer oportunidades raras de conviver em paisagens tão grandiosas e contrastantes num mesmo piscar de olhos.

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