XIII Festa do Vinho de Urussanga.


Os imigrantes italianos trouxeram a sua colonização agrícola, plantaram extensos parreirais, desenvolvendo uma atividade vitivinícola, que trouxe para o município uma grande identificação, ficando conhecida nacionalmente como a terra do bom vinho.

O governo imperial introduziu na época, variedades americanas como a “Izabella” e a “Klinton”. Nos primeiros anos do século XX, colonos plantavam a variedade Goethe, também a francesa Concord e a italiana Moscatel.

O registro da primeira produção vinícola de Urussanga foi realizado por Pe. Luigi Marzano, como sendo no ano de 1888 com 13.600 litros cujo destinava-se às festas dos padroeiros e casamentos.
Entre os anos de 1890 -1905, as parreiras de uvas vindas da Itália adoeceram, em função das diferenças do solo e clima originais. Os principais problemas apontados pelos imigrantes eram: muitos ramos, poucas folhas, nada de fruta, a uva não amadurece totalmente, o vinho obtido é ácido, insetos nocivos.

Em 1913, a Vinícola Caruso Mac Donald foi a primeira a se oficializar e cresceu rapidamente, chegando a ter, no auge, capacidade de estocagem ativa de dois milhões de litros de vinho, para engarrafamento ou para produção de vermutes. Seus produtos de marca Caruso tornaram-se conhecidos nos grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro.

Os irmãos Cadorin, por volta de 1915, já possuíam parreirais próprios e produziam bons vinhos de Goethe, que tiveram procura crescente, obrigando-os a expandir os plantios. Em 1917, produziram 4.000 litros de vinho, em 1930, 38.000 litros, em 1940, 90.000 litros e, no período áureo de 1946 a 1958, 220.000 litros. A marca Cadorin era muito apreciada, a produção caprichosamente embalada com palhão e colocada em caixas de madeira com 24 e 48 garrafas. Inicialmente comercializados nos municípios vizinhos levados em carro de boi, depois conquistaram praças maiores como Florianópolis e outros estados.

Depois de 1958, não conseguindo acompanhar os mutantes e críticos fatores econômicos do novo mercado brasileiro, que passaram a pesar sobre o produto, viveram o início da queda, até que ocorreu a última produção, em 1992.

Pode-se afirmar que, graças ao produtor familiar, esta atividade continuou viva e estimulou o ressurgimento de novas vinícolas, hoje em processo de certificação.

O ressurgimento da cultura vitivinícola de Urussanga se deu em dois momentos estratégicos: com a Festa do Vinho de Urussanga, ficando a cidade conhecida como Capital do Bom Vinho. Em 2004, com a estruturação da Associação de Produtores da Uva e Vinho Goethe – Progoethe, constitui-se o segundo fator decisivo ao fortalecimento deste segmento, agora em busca da melhoria da qualidade e ampliação do mercado vitivinícola.

Hoje, Urussanga é conhecida por produzir diversas variedades de uvas e vinhos, mas uma espécie emblemática se destaca dentre as outras: a uva e o vinho Goethe.

Pode-se afirmar que o novo período de crescimento da atividade vitivinícola de Urussanga se deu em 1984 a partir da primeira Festa do Vinho. Resgatando sua vocação cultural, econômica e consequentemente turística, ficou a cidade conhecida como Capital do Bom Vinho.

A primeira edição da Festa do Vinho ocorreu no Ginásio de Esportes Centenário com três dias de festa, e a partir da segunda edição, em 1986 com a criação do Parque Municipal Ado Cassetari Vieira, a festa passou a ter sede própria neste local.

Esse ano a cidade realizará a 13° Festa do Vinho de 4 à 8 de agosto, para maiores detalhes veja o site do evento www.festadovinho.com.

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