Como funciona a produção de espumantes: metodo Charmat.

No método charmat, não há a segunda fermentação em garrafa, mas sim em um grande tanque de aço inox, hermeticamente fechado. Após a segunda fermentação nesses tanques, o vinho passa por uma filtragem e é então engarrafado, em geral sem que permaneça longos períodos em contato com as leveduras que ficaram no interior dos tanques.

A principal vantagem desse método é o tempo de elaboração do espumante, que é bem mais curto que no champenoise. A produção em tanques também demanda menor uso de mão-de-obra e, consequentemente, o custo é menor, resultando em espumantes de preço mais acessíveis. Embora, normalmente, esse processo contribua para que o produto final tenha menor complexidade, alguns argumentam que ele pode ressaltar os aromas mais frutados e florais do espumante. Essa seria, por exemplo, uma das razões pela qual a grande maioria dos Proseccos são elaborados pelo método charmat. Existem uns poucos espumantes da uva Prosecco produzidos no método champenoise - um deles, aliás, no Brasil, elaborado pela Casa Valduga.

Do lado das desvantagens desse método, o produto final perde em complexidade e corpo, como já foi dito. Em geral, eles são vinhos mais leves e frescos, que devem ser bebidos jovens, podendo ser apreciados de maneira mais descompromissada, acompanhando entradas e petiscos. Do outro lado, um champanhe, um grande Cava ou ainda um Franciacorta, podem acompanhar uma refeição do início ao fim, devido à sua complexidade e estrutura.



Por Carlos Alberto Barbosa (Terra)

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