E por falar em rolha, como ela é feita?

A cortiça vem da casca do carvalho da espécie Quercus Suber, ou Sobreiro, muito comum no sul de Portugal. Um sobreiro demora 25 anos para dar sua primeira "safra" e depois, a cada nove anos, sua casca de cortiça pode ser retirada novamente. Ao retirar-se esta parte do sobreiro, numera-se cada árvore com o último algarismo do ano corrente. Assim, um sobreiro "colhido" em 2009, terá o número nove pintado em seu caule. Com isso, a paisagem das planícies do Alentejo, repletas de árvores numeradas, é, ao mesmo tempo, linda e inusitada.

Atualmente, os produtores de rolhas de cortiça estão trabalhando para melhorar seu produto e reduzir a incidência de TCA. São implementados controles de qualidade para livrar a matéria-prima de contaminação e, além disso, as qualidades naturais da cortiça são enfatizadas, como importância econômica para as comunidades rurais e para o equilíbrio dos ecossistemas dos quais fazem parte.

Os tipos de rolha de cortiça:

Rolha maciça - Feita de cortiça maciça, é a de melhor qualidade. Quanto mais longa, larga e elástica ela for, melhor. Uma rolha grande pode ter 55 mm de comprimento e 25 mm de diâmetro. Enquanto isso, uma pequena tem 30 x 15 mm. O diâmetro da boca da garrafa é sempre menor que o da rolha, que é colocada comprimida por uma máquina, para que fique firme e vede bem o recipiente. Uma rolha considerada "top" pode custar mais de 1 euro a unidade.

Rolha de aglomerado de cortiça - A mais barata. Feita de cortiça moída e cola, a partir da sobra da elaboração das rolhas maciças. Difere da maciça da mesma forma que uma madeira maciça se compara a uma madeira de aglomerado. Sua elasticidade e durabilidade são menores que a de uma maciça (e seu tamanho por vezes também). Em alguns casos, a cola destas rolhas pode passar aromas negativos ao vinho, o que motivou alguns produtores a adicionarem um disco de cortiça maciça na parte da rolha que fica em contato com o líquido.

Fonte: Marcelo Copello

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