Podemos cientificamente nos enganar, mas e daí?

Eu e meus amigos, para mim, isso é o que vale!

Ao ler esse artigo que foi publicado na Folha de São Paulo (ver post anterior), veio a minha cabeça algo que no fundo eu já sabia - é claro que existe muita fantasia nas chamadas provas de vinhos. Os chavões que foram criados ao longo dos anos vêm à flora e nos deparamos com um verdadeiro festival de opiniões subjetivas. Entre os não aficionados, “rola” o deboche, muitos tiram verdadeiras “ondas” com o linguajar e a opinião dos enófilos, não é? Quem nunca ouviu alguém brincar – tem cheiro de pasto molhado!
Aí eu pergunto – Mas e daí? Nós enófilos curtimos isso, para uns é um profissão, para outros, como eu, um ‘baita” divertimento. Esse clima que criamos em uma prova de vinhos, nos faz bem e é isso que importa. Se cientificamente não passa de “papo furado”, aqui em nosso metiê isso cria um clima mágico, que nós, adoradores de vinhos, amamos! É certo que alguns exageram, mas na medida certa, faz com que o vinho seja uma bebida única, como costumamos dizer o vinho tem vida e em conjunto com nossas “fantasias” tornam a bebida mítica, que até mesmo o mais cético dos degustadores acaba se dobrando a esse ritual maravilhoso que foi criado ao redor do vinho ao longo de anos.
Por isso pouco me importa se o rótulo do vinho ou a região que ele foi produzido me influencie, para mim o importante é a degustação em si, se minha opinião está repleta de inverdades ou fantasias, vale para mim o prazer de participar de uma prova de vinho em conjunto de amigos que “curtem” a mesma coisa que eu – esse mundo mágico do vinho!

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