Proposta da indústria de vinhos sul-africana desrespeita leis europeias.

Segundo a Wine and Spirits Trade Association, organização da indústria de vinhos e destilados que representa mais de 310 empresas britânicas, a proposta sul-africana de adicionar água aos mostos de vinho desrespeita a legislação do continente europeu.

Mosto é o sumo de uvas obtido antes do final da fermentação do vinho. De acordo com a Wines of South África (WSA), o objetivo da adição de água à substância é melhorar a sua qualidade e não aumentar o volume de produção, como muitos acreditam. Segundo a organização sul-africana, a diluição do mosto em água atenderia uma tendência crescente dos consumidores em preferir vinhos com níveis de álcool mais baixos.

A proposta já foi aprovada pela WSA e está sendo analisada pelo governo do país. Existe uma possibilidade de que ela se torne lei até o final de 2011.

Apesar dos organizadores do projeto não acreditarem que o novo processo afete as exportações para a União Europeia, a WSTA afirma o contrário. Segundo a organização britânica, a adição de água ao mosto não é permitida pela OIV (Organização Internacional da Vinha e do Vinho), nem pelas regras da UE, o que tornaria exportação desses vinhos sul-africanos ilegal.

"Os regulamentos internacionais que coordenam a produção do vinho e do seu comércio, não permitem a venda de vinhos feitos a partir de mostos de uvas diluídos em água na União Europeia", afirma o chefe das comunicações da WSTA, Gavin Partington.

Fonte: Revista Adega

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